E se nada der certo corram
para as colinas, mas, hein? Colinas? Então... Eu brinco de dizer que a minha
vida é uma colina, um monte ao qual tento escalar gradativamente. Uma espécie
de Everest (viajei, será?) e a cada passo vou avançando meros centímetros rumo
ao topo como aqueles astronautas matreiros que visam descobrir um novo lugar no
espaço aonde possa haver vida.
A sacada maior é
quando ocorrem os deslizes, porque tu nunca escorregas aquele centímetro que
iria subir. Sempre que acontece de descer você perde metros, dependendo do
tamanho do tombo vão quilômetros que muitas vezes leva à desistência. Acho que
estrutura psicoemocional é fundamental para travar essas batalhas consigo
mesmo. Acho que a falta dela reflete-se nos vários casos de suicídio que vemos
mundão a fora.
Fica a dúvida se
faltou coragem – claro, além da falta de estrutura psicoemocional – para
prosseguir na descoberta do desconhecido que refere ao próprio futuro, talvez
uma voz para estimular, um ombro amigo, um abraço ou, pelo menos, um sorriso
cristalino, livre dos patógenos da falsidade e oportunismo. Na falta dessas
pequenas coisas acho que a única alternativa é simplesmente cortar a corda e
deixar o corpo em queda livre. Fica difícil especular, pois ninguém vive o
inferno astral que leva estas pessoas a cometerem o ato...
Anh, não, embora aborde
esse assunto, eu não penso em saltar. Não vim até aqui pra desistir agora e, se
não puder segurar sua mão e seguir adiante, bem, farei o bom uso das minhas
mesmo assim.