domingo, 11 de março de 2012

Se deixar...


Somos seres de luz ou de sombras? O que me propus a escrever é algo que nem mesmo conversar a respeito eu fazia normalmente. Não quero confrontar convicção de ninguém e também não preciso dizer que conto com o respeito, acho que isso é óbvio. Eu apenas optei por escrever aqui sobre algo que comecei revelando ontem durante uma conversa aqui em casa. Pode-se notar aí que a aceitação do assunto não gera lá tanta credibilidade porque é um assunto muito levado ao âmbito da coincidência e, como todos sabem, nem sempre o que coincide pode ser credenciado.
Mas, e então, eu, vocês, nós somos seres de luz? Das sombras? Ou somos seres sujeitos ao reflexo da luz e, ao mesmo tempo, vulneráveis a escuridão das sombras? Eu me sinto absolutamente tranquilo para falar sobre isso não existe qualquer mal-estar. Nós somos sombras e pó, não é? Viemos do barro, não foi? Eu acredito que nós, seres humanos, materializados, somos constituídos de energia... E quando eu digo isso não estou querendo bancar o astrólogo que joga as cartas, verifica os signos, consulta os tarôs, nada disso.
Eu já escrevi aqui enaltecendo a minha força e, falo bastante seguro, isso é algo – se não for à única coisa em mim – da qual tenho orgulho, mas mesmo a minha força e as vezes que tentei usá-la visando outro alguém acaba por ser fraca é como se eu me transformasse em um pólo receptivo de energias e fosse acumulando, de forma diferente, os problemas daqueles aos quais eu tentei ajudar. E é aí que eu percebo o quanto minhas guardas são baixas, e no momento em que tento ajudar alguém parece que existe algo, alguma força que tende a atrapalhar indiretamente. Sabe quando as pessoas te dizem que você as faz bem, mas, ao mesmo tempo, você começa a se ferrar? Certo, amiguinhos! Bem a isso que me refiro.
Eu tenho a estranha tendência de atrair problemas para perto de mim e eu não brinquei quando disse há muito, muito tempo atrás que também tenho os meus demônios todos nós temos. Então vamos imaginar que é nesses momentos, onde eu estou totalmente apto a ouvir, me abrir e tentar ajudar as pessoas que os meus monstrinhos resolvem brigar por libertação, agindo coletivamente com algo que não posso ver apenas sentir.
E prevendo o que possa me dizer, eu também achei, no início, que era mera coincidência... Mas a partir do momento em que as coisas acontecem com certa regularidade, pelo menos pra mim, passa a ser mais real.
Houve um tempo em que eu precisei voltar a rezar... Notem como pode ou não ser coincidência: as coisas estavam tão pesadas para o meu lado que pessoas próximas tinham sonhos sinistros referentes a mim e, em nenhum deles eu virava um príncipe encantado. Coincidência o inferno se mudar para minha casa? Mas e a minha irmã que não mora comigo, por que tinha sonhos sombrios comigo, quando o meu momento beeeem longe dela era pesado? Estranho e bem descredenciavel esse assunto, não? Ok! Sem essa de Lucas capítulo fulano versículo sicrano. Sem isso.

Você que também conversa comigo. Que também, segundo já disse – não sei mesmo até onde posso escrever o que já me disse, mas foda-se disse está dito – sentia bem com minha companhia foi, das cargas que já absorvi, a mais pesada. E eu tive que voltar a rezar, mas fiz isso também por mim, pois me enfraqueci tentando te fortalecer... Você não foi à única, mas foi, de muuuuito longe, a pessoa mais carregada e que me deixou durante o contato que tivemos um pequeno inferno de legado...

A verdade é que todas as vezes nas quais eu me proponho a ajudar pessoas com seus problemas, coisas que não consigo explicar me acompanham e conforme as pessoas vão se sentindo bem, o inferno vai se abrindo diante de mim... São coisas estranhas, mas, e vocês, nunca notaram esse tipo de “coincidência” – Vale lembrar que as coisas ocorrem de maneira diferente entre as pessoas, não precisa, necessariamente, desenhar-se como acontece comigo... Sejam fortes espiritualmente.

Deus bate na sua porta e pede para entrar... Outra coisa espera somente um momento em que possa te acompanhar e, como eu disse lá em cima, todos nós temos os nossos demônios! Padres, Bispos, PASTORES, porque todos nós somos humanos, errantes e acessíveis.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Quem pode explicar?

Quando dois corações se encontram mais mistérios do que céu e mar. Mais encantos do que os protagonizados por chuvas observadas por sóis, mais raios do que os ocasionados pelos choques das nuvens.
Quando eles se cruzam tudo pode acontecer, o chão abaixo dos pés pode sumir e tudo ao redor, além de parar, passa, por um segundo, a deixar de existir...
E talvez as rosas coroem esse momento mágico, assim como beijos e abraços eternizam enquanto durarem.
Entre as palavras ditas um ao outro, o toque, a alegria pela felicidade de ambos. O sonho do companheirismo, onde o olhar brilha, o coração acelera.. Mas, às vezes, no meio do caminho, alguns corações se deixam vencer e começam a sentir o sabor da solidão... Pobre coração, tão forte outrora... Tão fraco agora, o que será de ti?
E quem pode dizer o que vai acontecer? Se na escola da vida o coração ensina sem sequer aprender?
Mas a esperança esta ali, o amor brotando aos poucos chegando, de certa forma cicatrizando a ferida... Porque tudo que houver nesta vida sempre chega. Às vezes de vagar, às vezes rápido. Solidão não permanece pra sempre, logo o olhar da gente diz tudo, talvez coisa de outro mundo.
Mas eis que surge um sorriso do simples de uma alma pura, dando ao mundo nova cor, novos tons fazendo surgir, ali, um novo amor. E o coração que definhava agora recebe aquele calor que lhe dar a mão, e os dois juntos irão, mais uma vez, procurar no horizonte... Talvez desta vez a felicidade os encontrem... Pois, para um coração pedra um raio não é nada, mas para uma rosa seria o mesmo que um despetalar, e ainda que a saudade e a distância os queira atrapalhar, o amor, se ali reinar, permanecerá.




Por Júnior e Alexandra Rauch.

terça-feira, 6 de março de 2012

1 ano e 3 meses de bobagens. \o/


Um ano no ar – na verdade dia 29 de dezembro do ano passado fez 1 ano – cento e alguns post’s de uma linha onde muito dificilmente se tem tanto a falar. Isso na opinião de alguns, claro. Sugeriram uma vez, logo no início, que eu dividisse os textos e fizesse dois, três, quatro textos de um só porque eu colocava toda uma história em um texto enorme e acabaria ficando sem assunto. HAOIEHAUEAHEIAE. But...?
Acho que a vida é parecida com a tecnologia a diferença é que a tecnologia avança conforme os estudiosos viventes vão transformando-a. A vida se autotransforma ou nós podemos transformá-la, mas cada dia tem algo novo para contar sobre a mesma vida, então eu não precisaria – como não precisei – dividir meus textos a fim de avolumar meu blog. (:
Devo admitir que a idéia de criá-lo, pelo momento em que aconteceu, tem dado certo. Eu não vou dizer que mudei como pessoa, ainda continuo o mesmo bronco bruto de sempre, ora calado, ora recebendo patadas, ora distribuindo patadas, ora falando demais, sou a mesma pessoa cheia de erros com alguns acertos, mas, com certeza, mais erros... Mas o tal do bloguinho tem sido uma terapia que, até me provarem o contrário, não existe melhor.


Eu queria agradecer a todas as pessoas que freqüentam o blog, pela paciência e boa vontade de vocês. Agradecer aqueles que me acompanham, Lêem e comentam aos que só lêem, enfim a todos que sempre têm dado uma passada por aqui.


Vou continuar postando as minhas bobagens sempre que der, prometo não deixar a paradinha aqui jogada às baratas.


Abraço.

sábado, 3 de março de 2012

E ele disse que a serpente se deixa atacar para atrair sua presa...

De repente eu tenha me transformado em um selvagem intocável, distante ou não-aproximado. Claro que não é uma mutação instantânea, existe uma porção de consequências que motivaram essa metamorfose.
A construção de bloqueios é um mecanismo de defesa natural e te eleva a ter uma visão mais real das coisas. Ao tempo em que é um escudo ele pode aguçar a tua visão, te prevenindo daquilo que parece ser, mas não é.
Já me disseram que esses muros me prejudicam porque não consigo ver através deles, mas eu digo que são muros invisíveis e é por isso que eles me permitem uma visibilidade melhor das coisas. Para um cego é difícil esse tipo de percepção já que existe a ausência da luz dos seus olhos.
Isso me ensinou um pouco – ainda estou aprendendo a trabalhar com isso – a, independente dos lados, agir em conformidade com a minha consciência. Na vida a gente machuca e é machucado muito embora não seja esse o desejo de ninguém, ou seja... Às vezes é intencional! Têm pessoas que relatam aquilo que vão fazer lá na frente, nós é que não prestamos atenção e somos surpreendidos com algo que foi falado lá atrás.
Dizem que a vida é uma caixinha de surpresa, no entanto vejo cenas várias vezes se repetindo como se fosse uma espécie de replay, ou mesmo um déjà vu.

Ou, quem sabe, sejam apenas delírios de alguém que está ameaçado de febre.


Abraço.

A dependência é a mesma...

O que seria dos pássaros se não houvesse onde eles se abrigarem? É uma pergunta atípica em meus post’s, mas que faz um sentido bem grande. O que seria deles sem as árvores para que pudessem construir seus ninhos, ou ainda, aqueles que têm hábito de dormir em galhos?
Nossa! Dor nervosa no abdômen também, tenho tossido direto durante duas noites e dois dias não é para menos.. Minha glicose acusou 125, muito embora eu tenha tomado café, é preocupante...
Como de praxe sempre um parágrafo mudando o foco. Hahahaha! Mas eu falava dos pássaros e o que seria deles sem abrigo, a questão pela qual os mencionei é que, assim como os pássaros, nós também precisamos de abrigo, um porto seguro, também precisamos de galhos para nos abrigar... De repente é em momentos assim que nos damos conta, certo? Justamente nos momento em que precisamos, mas é o tal negócio você só sabe que dói quando sente dor. Mesmo que alguém diga que dói, você precisa sentir porque a sensibilidade nas pessoas é diferente, pra falar a verdade tudo é diferente nas pessoas, porque é uma variante sempre.
Hoje é 03 de março, Carnarock... Mas minha garganta tão irritada quanto eu, além do corpo que recém libertou-se de uma febre chata que motivou uma puta dor de cabeça, não me permitem ir... Começou minhas aulas e eu perdi os dois primeiro dias. O primeiro por trabalho, o segundo porque meu corpo não me permitiu.


Abraço, acho.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Então...

Coração... Objeto frágil, dependente, bobo e nada inteligente... Se me pedirem para definir teimosia em apenas uma palavra – além do meu nome, claro – eu diria coração e, quando falo/escrevo isso o faço com extrema consciência e me sinto bastante confortável para tal, afinal de contas é um ponto de vista baseado em experiências o que não quer dizer, claro, que nos milhões de casos por aí a fora não possa ser diferente.
O coração tem razões que a própria razão desconhece (Blaise Pascal)... Na boa, dá mesmo para acreditar nisso? Você que já sofreu um calhamaço pode me dizer se isso faz sentido? Tudo bem! Eu sei que estou sendo extremamente radical. Eu sei que, muitas vezes, um pequeno gesto é capaz de nos derrubar, nos desarmar, nos fazer perder o chão... Mas, razão?
Ok. Então vamos dizer que se trata de razões distintas, uma vez que, quando pensamos com a razão, estamos usando a cabeça e quando “ouvimos” o coração, estamos nos deixando levar pela emoção – ela então ganharia o nome de razão totalmente distinta da qual estamos acostumados a usar para diferenciar. O meu coração trabalha como um órgão que tem capacidade de se reconstituir. É sim, ele está longe de ser um fígado, mas se recompõe mesmo que ainda desalinhado... Eu resolvi abri-lo de novo.. Vamos ver no que dá. (:





De qualquer modo, enquanto me restar forças para levantar estarei preparado para os reveses.



Abraço!!!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Você entenderia?

Não fazia muito tempo que chegaram de viagem, nova vida, novo lugar, outro clima e vem logo a diferença. É sempre assim quando saímos de um lugar para outro se precisa de um período de adaptação. Para ela não era bem estranho afinal nascera ali, mas pra ele sim era estranho. A alternativa era tentar salvar um pouco do que restara dos dois, de repente respirando novos ares as coisas pudessem se acertar, ou, claro, errar de vez tudo era tão diferente do normal e, comum...
Os dias passavam e aos poucos o bom e velho humor parecia retornar àquele lar tão cedo os primeiros raios de sol brindavam o dia, já levantava e preparava logo o café da manhã.

- Seria uma boa levá-lo na cama? O que me diz achas que ela iria gostar?

Conversava insanamente como se alguém mais o estivesse a fazer companhia tratava-se da mesa farta, mas, mesmo sem que ele soubesse, havia alguém ali. Jessica acordara e ficava a observar das escadas tudo o que Felipe fazia, sorrindo em alguns momentos abafando o riso com as mãos e balançando negativamente a cabeça, em outros, tomava expressão séria e triste... Havia algo de muito estranho apenas não havia sido revelado ainda.

- Ah, amor, você está aí. Por que levantou tão cedo? Não precisava se preocupar estava preparando o seu café para levá-lo na cama.

Ela então sorria novamente e descia as escadas lentamente apoiando-se no corrimão até chegar à cozinha.

- Está frio! Nossa! Quanto tempo. Vamos caminhar? Vem, esquece isso, vem comigo.

Ela segurava em uma das mãos e saia levando ele, meio que sem vontade, para parte de fora da casa, onde a neve caia bem serena e já começava a querer cobrir as calçadas. Os pássaros e seu belo cantar tornavam ainda mais prazerosos aquela caminhada que, ao contrário do que mostra o início dessa história, não tinha o intuito de amenizar as coisas... Um tropeço no nada e um leve tombo, Jessica se viu obrigada a pedir para descansar.

                                          Imagem meramente ilustrativa. Créditos no fim do texto.

- Não foi nada. Não se preocupa comigo, está tudo bem.

Passado um tempo já em casa a moça dormia e ele estava ali, sentado em uma cadeira ao lado dela, paralisado com as mãos segurando o maxilar e em sua mente repetia-se varias vezes a cena do tropeço tão bobo... Na bolsa pessoal dela havia um envelope que aparentava ser de exames ele os pegou, mas não abriu, não achou ético tal ato e então ele olhou rapidamente em sua bagagem e tinha outro envelope aparentemente para ele; levantou-se da cadeira e apanhou-o saindo do quarto rasgou e começou a ler.  Ele dizia mais ou menos assim:

- Somos diferentes, somos de mundos diferentes essa é a razão para a falta de entendimento. Você está bem, completamente bem. Sinto que minha missão nessa vida foi cumprida. Não fique triste e sorria, pois você venceu  sua própria batalha cuidei para que não ficasse sozinho. Durante 28 anos estive com você, mas agora é hora de partir.


Adeus!











Imagem: http://rodolfolucena.folha.blog.uol.com.br/images/brno2.jpg.